terça-feira, 29 de dezembro de 2009



Reconhecem - se no espírito aventureiro e voluntarioso de mulheres com que se alistaram na alegada vida dos homens.
O Ingresso das Enfermeiras Paraquedistas na Força Aérea, permitiu em Portugal o recrutamento feminino, desenvolveu-se a partir de 1990 coincidindo com um processo de reestruturação e redimensionamento das Forças Armadas, no âmbito do qual o Serviço Militar foi objecto de significativas alterações, designadamente no que se refere à redução do tempo de prestação do serviço efectivo normal, e aos novos regimes de voluntariado e contrato — aqueles em que justamente se tornou possível a presença feminina. Quatro anos depois haviam já sido incorporadas cerca de 1000 mulheres para o cumprimento do serviço militar em regime de voluntariado nos três ramos das Forças Armadas, incluindo as Academias e Escolas Superiores Militares.
Durante 13 anos, de 1961 a 1974, foram ministrados 12 cursos de enfermeiras paraquedistas, frequentados por 126 candidatas, das quais 47 conseguem alcançar as suas asas de paraquedista.
A 15 de Maio de 2002, passa à situação de reforma a CAP/ENF/PQ Maria de Lurdes Pereira da Costa Pinto Lobão, foi a última enfermeira a ingressar nas tropas páraquedistas e é a última a deixa - las.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

OS SOLDADOS DO AR ORGULHAM SE DAS SUAS CAMARADAS ENFERMEIRAS PARAQUEDISTAS.
Um dos cursos de Paraquedismo das enfermeiras
"Foram heroínas silenciosas que tomavam nas suas mãos o fio, por vezes ténue, entre a vida e a morte. Tinham por prioridade evacuar feridos e doentes das zonas operacionais e dos aquartelamentos no mato para os hospitais da retaguarda. Feito o curso em Tancos, seguiam-se as aventuras e os testes ao medo e à coragem: da ponte aérea de Goa invadida pelas tropas de Nehru ao lançamento de pára-quedistas na serra da Canda, da desobediência a não penetrar no mato à morte da colega Celeste, vitimada pelo avião de onde a chamaram para uma emergência, dos soldados brancos transformados em negros pelo explosivo das minas ao sobrevoo por engano do Senegal, dos dias de folga em Bissau à evacuação do capitão cubano Pedro Peralta, ferido em combate, e à recuperação do major Miguel Pessoa, abatido por um míssil Strela, e com quem uma delas casou. Também a chegada ao Negage, de saia e blusa, com os combatentes desaustinados: "Há sete meses que não víamos uma mulher, nem branca nem preta." Houve 150 candidatas em nove cursos para enfermeiras pára-quedistas e 46 foram brevetadas".
(ANTUNES, José Freire- A guerra de África. 1961-1974. Vol. II. Lisboa: Círculo de Leitores, 1995, p. 663).
As Enfermeiras Pára-quedistas foram um grupo de 46 mulheres portuguesas que, entre 1961 e 1974, durante o confronto entre as Forças Armadas Portuguesas e as forças organizadas pelos movimentos de libertação das antigas províncias ultramarinas Angola, Guiné-Bissau e Moçambique, marcaram a Guerra do Ultramar com o seu de trabalho de recuperação e evacuação de feridos do campo de batalha.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

1ºcurso de Enfermeiras Paraquedistas

Pioneiras no Exército

Para além da formação na área da Saúde, estas enfermeiras invulgares receberam treino de Páraquedismo na antiga Base Aérea de Tancos.
O primeiro grupo concluiu o curso no ano de 1961. Das 11 candidatas que iniciaram o curso, 6 conquistaram a tão desejada Boina Verde.
Pela primeira vez na História Militar Portuguesa, as mulheres têm lugar na fileiras.